Alunas: Anny Kariny Moreno e Nayara Araújo do Nascimento
*Nota: Contém no vídeo, alguns erros de ortografia e concordância. Devido a dificuldade das alunas de lidar com a tecnologia de edição de vídeo e na atrasar a publicação, o vídeo foi assim publicado.
Procuramos,
na construção deste vídeo, exemplificar os tópicos mais centrais do texto Pensar
o Corpo de Michela MARZANO texto que em seus detalhes
nos informa sobre essa construção histórica e social que é o nosso corpo, e da
sua crucial importância nas relações interpessoais.
A autora nos relata inicialmente sobre todo o mercado que
é envolvido na busca do corpo perfeito, de quais interesses estão por trás
desde autocontrole imposto sobre nossos corpos que nos faz buscar sempre estar
dentro da norma estabelecida pela mídia que acaba nos tirando a autonomia sobre
eles.
Podemos ressaltar
ainda à questão cultural do corpo, de como chegamos a esse modelo de corpo
contemporâneo, já que em épocas passadas o corpo da mulher que era mais cheinha
era sinônimo de beleza de saúde e atualmente quanto mais magro melhor. A autora
nos relata sobre essa mudança de padrão que: “cada imagem do corpo, emanado do
desejo de uma sociedade de erigi-lo em norma, foi desejável em sua época e
repudiada depois da transição para um outro paradigma.” E as pessoas não medem
esforços para alcançar este corpo ideal, que é um corpo magro no caso das
mulheres e no caso dos homens um corpo sarado.
No texto em questão essa questão é ressaltada da seguinte
forma: “Portanto, o corpo é apresentado como um objeto a construir segundo a
moda, como o revelador de nossa personalidade, como a imagem que os outros
encontram e escolhem.”
Pelo fato de a mídia exercer grande influencia sobre a
sociedade de forma geral, podemos
também ressaltar que se estrutura na
convivência social formas de preconceito com as pessoas que não fazem parte da
norma ou por serem negras, ou por terem cabelos crespos, por não terem olhos
azuis nem o corpo sarado entre vários outros paradigmas, bem sobre a questão
das pessoas que não acompanham a tendência do corpo ideal e acabam sofrendo
discriminação e sendo deixadas a margem por conta disso a autora relata: “
Se o
controle de si mesmo exprime, de fato, o valor mais positivo, a falta de
controle exprime, ao contrário, a impotência daqueles que, não podendo exibir
um corpo musculoso/esbelto, são considerados incapazes de assegurar um controle
sobre sua vida e sobre seus instintos mais primitivos.”
Nosso papel como futuros educadores, é está atentos no
exercício de nosso trabalho, a esse tipo de julgamento desde os anos iniciais e
saber como intervir e dialogar em sala para que essa norma padrão e esse auto
controle exercido sobre nossos corpos não possam atrapalhar a convivência em
sociedade e para que todos entendam que não temos que ser ou ter o mesmo corpo
ou atributos dos atores atrizes e modelos que veiculam na mídia.
De
acordo com o texto “Pensar o corpo”, notamos que existem diferenças entre corpo
real e ideal, corpo feminino e masculino, assim como as mudanças de concepção que
ocorreram sobre corpo no passado até os
dias atuais.
O corpo ideal é seguido por regras impostas pela sociedade
contemporânea, e o corpo real caracteriza-se como natural e próprio do ser
humano dotado de diversos e diferentes movimentos. Em nossa pesquisa de campo, realizada na academia, notamos que o corpo ideal prevalece em relação ao corpo
real. O bem –estar físico, mental e social tornou-se fundamental na vida do ser
humano. Praticar exercício físico e ter uma alimentação balanceada e saudável
são recomendáveis a crianças,jovens, adultos e idosos.
Segundo a autora, os
homens e mulheres aceitam o modelo de
controle, onde os homens desejam tornar-se mais musculosos e compactos,
enquanto as mulheres desejam se tornar mais esbeltas. Se por um lado, as
diferenças entre homens e mulheres influenciam na ocupação e distribuição de
forma diferenciada dos horários de funcionamento da academia pesquisada, por
outro, elas não constituem elemento diferenciador importante em um aspecto do
contemporâneo culto ao corpo, a saber, a “naturalização” da dor e do sofrimento
como algo inerente.
Referência
MARZANO, Maria Michela. Pensar o corpo.
Petrópolis, RJ: 2004. (p.23 – 44)