terça-feira, 1 de novembro de 2011

Corpo reflexo da mídia?

Alunas: Anny Kariny Moreno e Nayara Araújo do  Nascimento
*Nota: Contém no vídeo, alguns erros de ortografia e concordância. Devido a dificuldade das alunas de lidar com a tecnologia de edição de vídeo e na atrasar a publicação, o vídeo foi assim publicado.




Procuramos, na construção deste vídeo, exemplificar os tópicos mais centrais do texto Pensar o Corpo de Michela MARZANO texto que em seus detalhes nos informa sobre essa construção histórica e social que é o nosso corpo, e da sua crucial importância nas relações interpessoais.

A autora nos relata inicialmente sobre todo o mercado que é envolvido na busca do corpo perfeito, de quais interesses estão por trás desde autocontrole imposto sobre nossos corpos que nos faz buscar sempre estar dentro da norma estabelecida pela mídia que acaba nos tirando a autonomia sobre eles.

Podemos ressaltar ainda à questão cultural do corpo, de como chegamos a esse modelo de corpo contemporâneo, já que em épocas passadas o corpo da mulher que era mais cheinha era sinônimo de beleza de saúde e atualmente quanto mais magro melhor. A autora nos relata sobre essa mudança de padrão que: “cada imagem do corpo, emanado do desejo de uma sociedade de erigi-lo em norma, foi desejável em sua época e repudiada depois da transição para um outro paradigma.” E as pessoas não medem esforços para alcançar este corpo ideal, que é um corpo magro no caso das mulheres e no caso dos homens um corpo sarado.

No texto em questão essa questão é ressaltada da seguinte forma: “Portanto, o corpo é apresentado como um objeto a construir segundo a moda, como o revelador de nossa personalidade, como a imagem que os outros encontram e escolhem.”

Pelo fato de a mídia exercer grande influencia sobre a sociedade de forma geral, podemos 
também ressaltar que se estrutura na convivência social formas de preconceito com as pessoas que não fazem parte da norma ou por serem negras, ou por terem cabelos crespos, por não terem olhos azuis nem o corpo sarado entre vários outros paradigmas, bem sobre a questão das pessoas que não acompanham a tendência do corpo ideal e acabam sofrendo discriminação e sendo deixadas a margem por conta disso a autora relata: “ 

Se o controle de si mesmo exprime, de fato, o valor mais positivo, a falta de controle exprime, ao contrário, a impotência daqueles que, não podendo exibir um corpo musculoso/esbelto, são considerados incapazes de assegurar um controle sobre sua vida e sobre seus instintos mais primitivos.”

Nosso papel como futuros educadores, é está atentos no exercício de nosso trabalho, a esse tipo de julgamento desde os anos iniciais e saber como intervir e dialogar em sala para que essa norma padrão e esse auto controle exercido sobre nossos corpos não possam atrapalhar a convivência em sociedade e para que todos entendam que não temos que ser ou ter o mesmo corpo ou atributos dos atores atrizes e modelos que veiculam na mídia.   

De acordo com o texto “Pensar o corpo”, notamos que existem diferenças entre corpo real e ideal, corpo feminino e masculino, assim como as mudanças de concepção que ocorreram  sobre corpo no passado até os dias atuais.

O corpo ideal é seguido por regras impostas pela sociedade contemporânea, e o corpo real caracteriza-se como natural e próprio do ser humano dotado de diversos e diferentes movimentos. Em nossa pesquisa de campo, realizada na academia, notamos que o corpo ideal prevalece em relação ao corpo real. O bem –estar físico, mental e social tornou-se fundamental na vida do ser humano. Praticar exercício físico e ter uma alimentação balanceada e saudável são recomendáveis a crianças,jovens, adultos e idosos. 

Segundo a autora, os homens e mulheres  aceitam o modelo de controle, onde os homens desejam tornar-se mais musculosos e compactos, enquanto as mulheres desejam se tornar mais esbeltas. Se por um lado, as diferenças entre homens e mulheres influenciam na ocupação e distribuição de forma diferenciada dos horários de funcionamento da academia pesquisada, por outro, elas não constituem elemento diferenciador importante em um aspecto do contemporâneo culto ao corpo, a saber, a “naturalização” da dor e do sofrimento como algo inerente.


Referência
MARZANO, Maria Michela. Pensar o corpo. Petrópolis, RJ: 2004. (p.23 – 44)

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