terça-feira, 14 de junho de 2011

No tempo em que brincávamos...

ALUNAS: CARLIANE NOBRE e IVA CORRÊIA


É comum durante a vida adulta nos esquecer de como brincávamos em nossa infância, quais as brincadeiras que mais gostávamos? Com quais amigos realizávamos essas brincadeiras? Como estamos hoje, temos nosso momento de lazer? Damos a devida importância a esses momentos? Num passado nem tão distante, as crianças tinham que produzir seus próprios brinquedos, criar brincadeiras onde a única ferramenta era a própria imaginação e muitas vezes as próprias ferramentas de trabalho eram também os brinquedos.

Em mundo onde tudo está logo ali ao alcance, onde a internet diminuiu todas as distâncias, sejam entre pessoas, sejam entre lugares, precisamos nos perguntar até que ponto tudo isso é benéfico e construtivo para nós e para nossos filhos. De que forma está sendo construídos relações e diálogos, e se estamos, será que são duradouros e realmente construtivos.

Convidamos você a puxar na memória todos aqueles momentos gostosos que você passou ao lado de seus colegas, construindo carrinhos de madeira, muitas vezes feitos do próprio cabo da vassoura, ou então, bonecas que às vezes eram pacotes de arroz ou de feijão, onde a comida era feita de barro e os casamentos não tinham problemas, onde a primeira atividade assim que começavam as férias era subir numa árvore bem alta, ou empinar pipa no meio da rua, jogar bola, entre tantas outras.

Diversão sem culpa sabendo que faz parte de nossas vidas e que estamos enferrujados nessa área, vamos nos mexer com as brincadeiras que viram a seguir, veja qual é a sua predileta, com qual você brincou mais, será que tem alguma que você não conhece, e se tem veja como ela é brincada e faça você também as modificações para torná-la ainda mais divertida com sua família e amigos.

Vejamos então algumas brincadeiras que fizeram parte da infância de nossos avós como também das nossas.

Pião:
Muito comum entre os meninos, essa brincadeira consistia em enrolar um cordão em volta do pião e arremessá-lo rapidamente ao chão desenrolando o cordão fazendo com que o pião rodopiasse o mais rápido e demorado possível, ganhava o pião que ficasse mais tempo rodopiando.
Outra variação dessa brincadeira, essa mais atual, era o chamado “quila”, onde os meninos faziam um alvo no chão, quem acertasse mais próximo do centro do alvo começava outra etapa onde o jogador que não acertou o centro do alvo deita o seu
pião, e o que acertou lança o seu, e este ainda rodopiando o jogador o pega com a mão e acerta o pião deitado de forma que este ultrapasse uma linha anteriormente desenhada no chão.


Batata quente:
As pessoas ficam em círculo e alguém fica de fora. Passem uma bola bem rápida de mão em mão e quem estiver fora diz: “batata quente, quente, quente, …, queimou!”, em quem a bola parar no queimou é eliminado.
Escravos de Jó:
Duas pessoas cantam a música (escravos de jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá). Cada um com uma pedrinha ou um bombom na mão e vai seguindo o que diz a música

Roda:
Geralmente as meninas brincavam mais dessa brincadeira, onde se formava uma roda e de mãos dadas, cantavam cantigas antigas, como pau no gato (atirei o pau no gato-to, mas o gato-to não morreu-reu-reu,dona chica-ca admirou-se-se com o ber-ro com o ber-ro que o gato deu - MIAU) ciranda-cirandinha (ciranda cirandinha vamos todos cirandar vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar), a canoa virou ( a canoa virou, quem ela virar foi por causa de fulano que não soube remar) pirulito que bate bate (pirulito que bate-bate pirulito que já bateu quem gosta de mim é ela quem gosta dela sou eu), se esta rua fosse minha (se essa rua se essa fosse minha eu mandava eu mandava ladrilhar com pedrinhas com pedrinhas de brilhante só pro meu só pro meu amor passar).

Amarelinha: faça um risco no chão e numere de 1 a 10, no ultimo faça um arco representando o céu. Pule com um pé só dentro de cada quadrado, sem errar.


Conclusão
Buscar o conhecimento tanto das pessoas como de nós mesmos, nos leva a conhecer quais as necessidades do nosso corpo, começamos a entender que nos proporcionar momentos de lazer, conhecimento corporal e emocional não deve ser um ato que nos traga sentimento de culpa. Devido a nossa rotina constantemente sufocante, nos acostumamos a achar que o lazer em nossas vidas é perfeitamente dispensável, e com isso chegamos a níveis de estresse preocupantes hoje em dia. É pensando nessa questão que precisamos resgatar todos os momentos bons que fizeram parte de nossa infância, e mais, precisamos trazer para nossa vida momentos tão gostosos onde pudemos ser quem somos, e entender que esses momentos nos fazem pessoas melhores a cada dia.

Fontes:
Brincareserfeliz.blogspot.com
www.brasilescola.com.
Jussara Barros
Gabriela Cabral
(Equipe Brasil Escola)

14 comentários:

  1. Muito bom o artigo, meninas! As brincadeiras hoje das crianças, não são tão saudáveis como as que nós brincávamos quando éramos crianças.Hoje, as brincadeiras são voltadas todas para o computador e videos-games. A criança fica só sentada sem movimentar o corpo. Isso é muito ruim para o corpo. Temos sempre que nos movimentar.Antigamente, brincávamos de "pega-pega" na rua.Era muito divertida,além de termos contatos com outras crianças. A do peão,citada no artigo,era mais para os meninos, mas tinha meninas que brincavam também.Hoje em dia, não temos mais essa interação com outras crianças é só o computador e mais nada.

    ResponderExcluir
  2. Acho que nós esquecemos mesmo como é bom brincar, esquecer um pouco das obrigações da vida, relaxar um pouco, nos dar esses momentos de lazer. Brinquei na minha infância, mas não tanto como gostaria. Brinquei de roda, de amarelinha, de pega-pega, entre outras.
    Na sala, pudemos vivenciar algumas brincadeiras e foi um momento muito divertido, onde aquelas "dorzinhas" daqui ou dali até desapareceram nessa hora. Precisamos, realmente, viver mais esses momentos de diversão, de relaxamento, onde trabalhamos não só o nosso corpo, como a nossa mente.

    ResponderExcluir
  3. Interesante a reflexão sobre o tempo de crianças , pois as brincadeiras que mexiam com o nosso corpo nossa mente, nossas relações pela aproximação que causava , tudo, tudo muito bom.

    ResponderExcluir
  4. Gostei muito do texto de vocês meninas, realmente é verdade as crianças de hoje estão mais ligada a videogames, computador do que brincadeiras onde movimentam o corpo PARABÉNS pela criatividade de vocês!!!

    ResponderExcluir
  5. eu acredito que seja mais uma questao cultural e educacional o brincar hoje em dia.
    se a criança só brinca com jogos eletronicos e brinquedos prontos, porque a ela só foi lhe dado isso.
    o mais natural seria o que provavelmente aconteceu conosco, que vivemos essa transição dos brinquedos e brincadeiras de fazer e de imaginar e os prontos, porque nos tivemos a oportunidade de conhcer todas as possibilidades e a partir dai escolher quais brincadeiras participar.
    o que nao pode acontecer, é deixarmos que nossas crianças conheçam apenas as brincadeiras do mundo moderno, temos que apresenta-las todos os tipos de brincadeiras e permitir que elas vivam tudo e nao limita-las a uma ou outra.

    ResponderExcluir
  6. Brincar sem duvida é a melhor maneira de trabalhar o corpo, porém esquecemos dessas atividades tão gostosas devido a tantas outras do dia a dia, e só nos ligamos no trabalho deixando apenas o nosso corpo cansado e por não sermos mais crianca achamos as brincadeiras coisa de quem não tem o que fazer. ERRADO. Devemos como educadores, pais e como pessoas incentivar a nunca deixar as brincadeiras fugirem como um todo da nossa vida.

    ResponderExcluir
  7. Nossas brincadeiras de antigamente estão sendo esquecidas no tempo. As crianças estão trocando brincadeiras com movimentos, por brincadeiras em computadores. É importante movimentarmos o corpo de forma saudavel e sadia. Muito bom texto.

    ResponderExcluir
  8. O TEXTO DE VOCÊS MENINAS ESTÁ MUITO BOM E SERVE DE ALERTA PARA AQUELES QUE ACHAM QUE BRINCAR É COISA DE CRIANÇA, NÃO DANDO IMPORTÂNCIA PARA OS BENEFÍCIOS QUE ESSE TRAZ PARA O CORPO. NÃO SE DEIXEM INFLUENCIAR POR ESSAS PESSOAS QUE NÃO CONHECEM O VERDADEIRO SENTIDO DO BRINCAR,MANTENDO SEMPRE VIVA ESSA CRIANÇA QUE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ, POIS BRINCAR É TUDO DE BOM.

    IRINETE...

    ResponderExcluir
  9. A partir da proposta de relembrar e vivenciar algumas destas brincadeiras, no contexto da sala de aula. Percebi a extrema importância de momentos de lazer e diversão permearem o nosso dia-a-dia. Momentos estes que ficam esquecidos e deixamos de vivenciá-los, por causa das nossas responsabilidades e ocupações.

    ResponderExcluir
  10. No tempo em que brincavamos, reflete a mais pura nostalgia e um certo receio - ao avanço da idade. Me faz pensar que não sou mais uma criança para livre brincar...
    Sou um adulto e agora tenho que pensar bem antes de fazer ou falar...
    Sei que devido aos diversos compromissos de um adulto moderno muitas coisas deixei de aproveitar...mas em dias de folga não dispenso uma boa brincadeira com a familia, é nesta horas que adoro ter três filhos (a brincadeira se renova com eles). Adorei o texto!

    ResponderExcluir
  11. É muito importante que esta memória não se perca. Tais brincadeiras são tidas como antigas, mas elas não podem ser esquecidas no tempo. É interessante que nós, como educadores, possamos incentivar os nossos alunos a brincarem ao ar livre e a se movimentarem. Com isso eles vivenciarão momentos inesquecíveis e se desenvolverão com mais autonomia.

    ResponderExcluir
  12. Uma das questões mais preocupantes não é só como resgatarmos essas brincadeiras e vivermos novamente, nós temos ao menos o privilégio de termos vivenciado essas brincadeiras em algum momento de nossas vidas e guardar boas lembranças.

    O problema é maior com as nossas crianças de hoje, que simplesmente não sabem o que é isso, acredito que é esse é e será um grande papel para o professor desempenhar e não deixar que tudo isso seja apenas outras histórias para contarmos: "No tempo que nós brincávamos na rua era tão bom..."

    ResponderExcluir
  13. a tempo uso eu dizer no meu entendimento que o aprendizado nao tem fim....desde que fassamos deste um arte de aprender quer seja na infancia ou quando nos tornamos adultos.....Sendo assim convido-a a fazer parte do meu espaço em www.uanderesuascronicas.blogspot.com....ja estou no seu

    ResponderExcluir