terça-feira, 28 de junho de 2011

Pensando o corpo

Alunas autoras: PRISCILLA DE AQUINO FERNANDES E CELLINE MARIA SOUSA ARAUJO

O que se pode ver na sociedade atual é que o corpo está mais voltado para o físico sem levar em conta o mesmo como inteiro; que sente, vê e pensa. As pessoas não se preocupam mais com o bem-estar do corpo, de se sentirem livres da forma que acharem melhor, sem seguirem modelos pré-estabelecidos. A sociedade de hoje faz com que nos preocupamos mais com a estética do corpo deixando de lado o mais importante, a tranqüilidade de sermos livre em nossas escolhas.

É assim que a autora do texto retrata o que a sociedade pensa sobre o nosso corpo. Segundo (MARZANO), o corpo tornou-se um objeto de tratamento, de manipulação e encenação. O corpo para a autora nos dias de hoje, é tratado como um objeto. A sociedade busca um corpo perfeito, usando assim milhares de meios que a tecnologia conjuntamente com o mundo capitalista nos oferece, como as academias, centros de estética, salões de beleza e etc. Ter o corpo ideal significa nos privarmos de certas coisas de fazer ou até mesmo de comer para seguir o modelo do corpo idealizado, o que podemos ver nos famosos da televisão, pessoas felizes, aceitas e de bem com a vida a partir do corpo que possuem.

Segundo a autora o corpo sempre passou por mudanças seja nos valores e nas crenças do decorrer da história da nossa sociedade. De fato, isto é verdadeiro. A sociedade de antigamente não ligava muito para a estética do corpo. Pelo contrário, a beleza das mulheres do passado, eram as mulheres que não tinham uma aparência tão “bonita”, falando nos padrões de beleza de hoje em dia, ser cheinha era sinônimo de estar bem. No caso masculino o mesmo atualmente para seguir os padrões de um corpo perfeito, tem que está submetido à academia, a exercícios contínuos de sustentação dos músculos, que dão ao homem o respeito e a segurança de si próprios, ou seja, que mostram sua virilidade e o controle de sua vida.

O modelo ideal de corpo hoje é a parte externa do mesmo. Isso acontece porque somos cercados por todos os lados, a ver ou ouvir o que propagandas, panfletos, fotos e até mesmo músicas dizem sobre o corpo perfeito que tudo tem e que pode tudo. A mídia nos faz acreditar que o modelo de corpo ideal seria aquele modelo de corpo bem escultural como vemos nas propagandas, os remédios milagrosos que diz: perca até 10 kg em um mês.

Como podemos também ver as cirurgias estéticas estão altamente acessíveis a população de classe média. Atraindo assim pessoas que por facilidade ou necessidade tem que seguir o corpo padronizado, para poderem ter lugar na sociedade. Isso realmente faz com que a população, em geral, as mulheres, “caiam” nesta propaganda e acabem comprando o produto por conta do conceito de corpo que é dado hoje em dia.

Hoje, segundo a autora, o principal inimigo para a nossa sociedade, é a gordura, a flacidez. A gordura deve ser retirada, a barriga deve ser um “tanquinho”. Ninguém quer envelhecer, usando-se os produtos anti-rugas, que em um mês de tratamento, você nota a diferença. Hoje não temos mais aquele conceito de que somos feitos para nascer, crescer, reproduzir e morrer. Hoje, o conceito seria uma vida de sermos eternamente jovens, infelizmente ligados sempre a mídia. A mídia é quem diz o que comemos, o que vestimos e o que bebemos.

Concluímos então que desde a infância somos condicionados a seguir modelos, vemos mais isso no universo feminino, por exemplo, as bonecas Barbie’s que nos dias atuais estão presente na vida de todas as menininhas do mundo inteiro, seja ela rica ou pobre. Nossas crianças só aprendem culturalmente ou materialmente o que a elas são apresentados. Por conseqüência se apresentamos músculos e magreza para elas, será isto que elas apreenderão, mas se mostrarmos um corpo inteiro, por completo, cheio de desejos, vontades, cheio de expressão e vivacidade, em fim cheio de expressividade, será isto que elas seguirão.

Então nós como educadores, mais do que nunca, devemos deixar nossas crianças livres para se descobrirem, mas, mais do que isso podemos ser mediadores no processo de conhecer o corpo não só como um padrão a seguir, ou privar movimentos, podemos auxiliar a criança a se sentir como um todo, no seu jeito imperfeito de ser, mas com sua singularidade, sua personalidade.

Bibliografia
Pensar o corpo - Maria Michela Marzano-Parisolli

3 comentários:

  1. Concordo com a reflexão quando informa que hoje em dia a beleza dos corpos para a sociedade em geral, reside num modelo único de " corpos magros e sarados", mesmo com a diversidade de corpos existentes.É preciso mais do que nunca nos concientizarmos, para que se contrua uma sociedade onde as pessoas possam e queiram expressar seus corpos de maneira livre, independentes do modelo sobre qual a sociedade que impor.

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  2. Concordo plenamente quando se coloca a mídia como umas das principais autoras dessa ignorancia sobre corpo, bem como nosso papel como educadores, porém não podemos esquecer que a "mídia" é feita por nós, por exemplo se "ela" coloca um programa no ar, mas não dá ibope com pouco tempo esse programa é retirado do ar, o mesmo acontece com as crenças que "ela" nos joga, depende de nós se vai vingar ou não. Outro porém que coloco é fato de se jogar mais uma vez os problemas sociais para o educador resolver, claro que temos parte nisso,mas a sobrecarga está ficando cada dia maior e acabamos sendo culpados pelo problema não resolvido. O interessante é que nós mesmo acabamos nos cobrando pela imperfeição de algo que não fomos formados para fazer.

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  3. realmente hoje em dia somos condicionados a ter corpos perfeitos.
    a sociedade hoje nos "impõe" deixar que nosso corpo rela deixe de existir, e buscarmos o corpo perfeito de acordo com o critério da sociedade.

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