terça-feira, 28 de junho de 2011

Profissão: Psicomotricista

Alunas autoras: Ivna Melo Gonçlves e Maria Leidiane Mendes Pereira

Essa entrevista foi proposta com o objetivo de conhecer um pouco sobre o universo desse profissional, passar mais informações sobre como é a psicomotricidade na escola, bem como a sua importância nas fases motora e cognitiva, e também como ela pode influenciar no processo de aprendizagem da criança.

A psicomotricidade é um fator essencial e indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança, visando ao conhecimento e ao domínio do seu próprio corpo. A partir da entrevista que fizemos com a professora Graziele em uma escola particular de ensino infantil pudemos perceber a importância da psicomotricidade na escola. Ela é formada em Educação Física, especializada em educação física escolar e está fazendo especialização em psicomotricidade na Universidade Estadual do Ceará. Trabalha há um ano e meio nessa escola como psicomotricista.

Durante o processo de aprendizagem, os elementos básicos da psicomotricidade são utilizados com frequência. O desenvolvimento do Esquema Corporal, Lateralidade, Estruturação Espacial, Orientação Temporal são fundamentais na aprendizagem. De acordo com a professora, sem esses elementos, a criança poderá ser prejudicada e não terá uma boa aprendizagem. Através de atividades motoras a criança aprende com segurança o reconhecimento do seu corpo e desenvolve a sua autonomia, noção de regras e o contato físico com os outros, muito importante para seu convívio social.

A partir dessa entrevista chegamos à conclusão que a psicomotricidade, oportuniza as crianças condições de desenvolver capacidades básicas, como aumentar o seu potencial motor, utilizando o movimento para conseguir alcançar de forma mais elaborada, aquisições que marcam conquistas importantes no universo emocional e intelectual.


Entrevista
1- O que é a psicomotricidade para você?
“É um trabalho voltado para o desenvolvimento físico e mental, através do lúdico. O que proporciona o aprender e o desenvolvimento com mais absorção e segurança.”

2- Como surgiu o seu interesse por psicomotricidade?
“Na faculdade, como disciplinas como essas que vocês estão estudando. Porque além de trabalhar aqui, sou professora de dança e ballet, e tenho maior afinidade com crianças, adoro trabalhar com elas.”

3- Como você vê a psicomotricidade desde o inicio ate hoje?
“Vejo que só avançou. Acredito que os estudiosos como vocês conhecem Piaget, Wallon e Vigotsky, contribuíram bastante com suas teorias sobre o desenvolvimento da criança, suas fases. O que proporcionou mais interesse para as pessoas estudarem a psicomotricidade e com isso estamos ganhando espaço.”

4- Como se dá as aulas?
“Faço planejamento, no inicio do bimestre o primeiro passo é o reconhecimento da criança e do seu corpo. Depois as aulas vão acontecendo de acordo com o desenvolvimento da turma. Também recebo casos específicos como crianças com deficiência (autismo, síndrome de down e atrofia muscular) onde é necessário uma maior atenção e diferenciação das atividades.”

5- Você tem algum espaço específico aqui na escola?
“Trabalho em diferentes espaços da escola, poder ser aqui na brinquedoteca, ou na sala de aula mesmo, no pátio. Aqui (brinquedoteca) não é muito bom, porque tem muitos brinquedos que chamam a atenção deles e isso desconcentra. Mas depende muito da aula.”

6- Você acha que o brincar está acabando?
“Um pouco. Por causa da tecnologia e isso prejudica no seu desenvolvimento motor. Já vi casos de crianças aos oito anos não saber correr! Um dia trouxe o “pega-varetas” e eles não sabiam o que era, todos adoraram!”

7- Quem tem aulas de psicomotricidade pode ter uma diferença de desenvolvimento motor e cognitivo, em relação à criança que não tem?
“Com certeza. Eu vejo a diferença, a criança que tem aulas de psicomotricidade tem mais facilidade em se locomover e se expressar. A que não tem eu até consigo reconhecer alguma dificuldade motora e também para se relacionar com outras crianças.”

8- O que você trabalha especificamente nas crianças?
“Atividades psicomotoras como equilíbrio, coordenação ampla e fina, noções de espaço temporal, noções de corpo, ritmo e tonicidade.”

9- Qual a sua opinião a respeito do reconhecimento do profissional da psicomotricidade na escola?
“É uma área muito difícil. Existem poucas escolas que contratam, pois não existe uma lei que obrigue a contratar. A psicomotricidade é muito confundida com recreação, acham que é apenas para brincar. Então muitas escolas fazem da própria professora de sala ser um. Mas tenho certeza que um dia isso vai mudar.”


9 comentários:

  1. É relevante a discussão sobre atividades psicomotoras com crianças, visto que , ela propicia desenvolvimento não somente psicomotor como cognitivo. Diante de tal questão ,a entrevista com a professora só veio reiterar a importância de trabalhar com os alunos a psicomotricidade desde a infância , o que hoje vemos que não se faz tão presente.

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  2. Considero a entrevista relevante para nossos aprendizados. Me chamou a atenção particularmente a resposta prática sobre o que é trabalhado nas aulas de tal profissional:
    “...como equilíbrio, coordenação ampla e fina, noções de espaço temporal, noções de corpo, ritmo e tonicidade.” A entrevistada aparenta ser bem amparada teoricamente.

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  3. Trabalho muito importante, no que diz respeito a nossa formação como educadores.Precisamos entender que o trabalho do psicomotricista é muito importante.É na infância que a criança tem necessidade de aprender noções básicas de psicomotricidade como, coordenação motora, lateralidade, entre outras. Essas aprendizagens, ou não aprendizagens, terão reflexos positivos ou negativos por toda sua vida.

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  4. Muito interessante conhecer o trabalho do psicomotricista.Infelizmente nós só temos uma disciplina que envolve a psicomotricidade no currículo de pedagogia. Como a entrevistada colocou, muitos de nós assumiremos este papel, mesmo que sejamm em momentos de recreação estaremos lá com as crianças ajudando-as a se desenvolverem. Portanto, precisaríamos, com certeza, ter mais clareza para trabalhar este aspecto.

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  5. Muito relevante a discussão sobre essa profissão.As perguntas na minha opinião foram pertinentes, a entrevistada pontuou as dificuldades que as crianças tem quando as mesmas não vivenciam o seu corpo.

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  6. Muito bom falar sobre a profissão do psicomottricista. Deveriam mais ter mais disciplinas até em escolas onde o profissional desta disciplina. Entrevista ficou excelente. Parabéns meninas.

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  7. Achei importante a análise da professora acerca da diferença entre atividades psicomotoras e o somente brincar, bem como a importancia de um profissional especializado nessa área dentro das escolas.

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  8. Obrigada gente! Gostamos muito de fazer essa entevista pois nos permitiu conhecer como esse profissional trabalha na escola. Foi de grande aprendizado!

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  9. achei muito interessante e importante a analise da professora em relação a essa disciplina.
    Das diferenças de brincar e ter atividades psicomotoras.

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