segunda-feira, 18 de julho de 2011

Análise reflexiva dos vídeos vistos em sala

Alunas: Regirene Peixoto de Araújo da Ponte e Layanna

Escolhemos três dos vídeos vistos em sala de aula para análise e, como critério para a escolha buscou-se trabalhar as diversas formas de pensar o corpo, tanto em uma dança popular como em uma dança dita clássica ou mesmo em um momento de trabalho. Nos três momentos, percebemos uma manifestação corporal que traduz não somente o que o individuo está buscando expressar, mas o contexto cultural em que se insere.

Iniciando a análise pelo vídeo do balé clássico, vale ressaltar, que se trata de uma dança que teve origem nas cortes da Itália renascentista durante o século XV que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França. As apresentações são realizadas principalmente com o acompanhamento de música clássica. É um tipo de dança influente a nível mundial que possui uma forma altamente técnica. Este gênero é muito difícil e requer muita prática. Com muita leveza e propriedade a bailarina percorre o palco demonstrando leveza e técnicas incríveis. É uma dança bonita e de fácil admiração.



O segundo estilo de dança escolhido foi o Funk, mais especificamente do Funk Carioca que é o estilo predominante aqui no Brasil. Manifestação ligada as favelas do Rio de Janeiro, o Funk veio para o Brasil influenciado por um novo ritmo da Flórida. Os bailes, festas ou discotecas que tocam Funk carioca, são realizados em clubes do subúrbio da capital, expandiram-se a céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se enfrentavam.



De um lado temos a dança que surge na realeza e de outro temos a dança popular que tem sua origem nas periferias. Um estilo exclui pessoas pelo seu estereótipo ou classe social, o outro inclui toda uma comunidade de pessoas marginalizadas. Ambas são manifestações do corpo e estão respaldadas na cultura de um povo. Não podemos deixar de perceber que certas modalidades fogem do que muitas vezes acreditamos como “correto” para a sociedade em que vivemos, no entanto, é justamente a diferença, a diversidade, que torna esse universo do corpo tão rico.

O vídeo de Charles Chaplin visa fazer uma análise a respeito do tratamento que damos ao corpo no contexto de uma sociedade industrial e tecnicista. Exasperado pela rotina de trabalho mecânico, o vídeo nos mostra como as pessoas se submetem a viver em ritmo alucinante, sem qualidade de vida com seus propósitos irracionais. Evidencia que a velocidade da máquina não pode ser a velocidade do ser humano.



O esforço humano em trabalhar dentro de um sistema de repetição mecânica, contínua e cronometrada acaba por levar as pessoas a não dar importância aos limites do corpo. Os mais fortes acabam sobrevivendo como se fossem máquinas. O que caracteriza o ser humano é a somatória de ações que se desenvolve em relação ao seu corpo. O ritmo de vida se torna cada vez mais frenético e o corpo sofre as consequências. O relacionamento do corpo com as tecnologias e com as máquinas gera um desconforto desses corpos nessas máquinas.

A única solução para tudo isso é mudarmos radicalmente nossos valores, pois os movimentos expressivos do corpo identificam a necessidade natural que o ser humano tem de expor seus sentimentos e pensamentos de forma sistematizada ou não, evidenciando o espírito artístico ou simplesmente como forma de lazer.

Somos sempre convidados a conhecer o próprio corpo e explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais e utilizá-los em situação de interação. Podemos verificar que a maneira como o corpo é percebido se altera constantemente de acordo com sua história e suas formas de pensar. O corpo por meio de seus gestos e da intenção dos movimentos revela a maneira como um povo se comporta e se relaciona. Nesse artigo tratamos o homem em relação a seu corpo e as repercussões destas relações com o corpo, considerando - o como um todo, que engloba matéria e espírito, intelecto e emoção.

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