terça-feira, 19 de julho de 2011

Reflexões que pensam o corpo

Alunas: Claudiana Queiroz e Irinete Bezerra Ferreira

O crescimento profissional tem sido um dos maiores desejos do ser humano, levando o homem a se adequar ao padrão exigido pela sociedade, dando ênfase ao corpo como objeto de venda e representação para o comércio. O corpo é o reflexo da imagem pessoal, através do qual podemos transformar ou não os nossos valores, as nossas ações.

Atualmente fala-se do corpo como um objeto, passando uma imagem de que o mesmo não tenha necessidade de expressar-se naturalmente. Somos movidos por uma sociedade que impõe o que vestir, beber e até mesmo absurdamente o que sentir, tornando o ser humano cada vez mais mecânico, ou seja, uma peça manipulável e esculpido para o mercado que acima de qualquer sentimento está o capitalismo.

Pensando um pouco no que nos move com facilidade para o padrão social que nos é apresentado, encontramos uma palavra chave para essa situação, (preconceito), ou seja, vivemos cercados de preconceitos, e assim temos muito medo de ficar a margem da sociedade, distante do perfil da falsa beleza que conhecemos em nosso dia a dia, pois essa exclui um corpo fora dos padrões de estética, das medidas e peso exigido, fazendo com que o individuo esqueça os cuidados com a saúde, preocupando-se apenas em mantê-lo malhado, mesmo que não tenha uma alimentação adequada e saudável, pois o que realmente importa é a aparência que é usada nas propagandas, nos relacionamentos e em varias profissões, pois o corpo magro representa saúde, quando na verdade em sua maioria é apenas um corpo sacrificado e limitado, impedindo de ter uma boa alimentação e exercícios adequados.

Nesta busca pela perfeição que o comércio pede, nos privamos de realizar tarefas que achamos não ser capazes de fazer, por simplesmente não achar estar neste padrão exigido. Assim perdemos a chance de descobrirmos o potencial de nosso próprio corpo.

Mesmo diante de tantas exigências pela sociedade o corpo real existe, e tem sem duvida um grande potencial a ser trabalhado, fazendo uma ligação entre o corpo e a mente. O corpo ideal não pode ser construído apenas por matéria física, pois a sua essência está ligada ao espírito, a mente, buscando uma construção sólida, para que assim, consiga reconhecer-se integralmente, independente de está ou não dentro dos padrões sociais de um corpo ideal. Dessa forma, para viver intensamente o nosso corpo precisamos aceitá-lo, desmistificando assim, o conceito de que corpo ideal é corpo sarado, corpo perfeito.

Conforme Foucaut:
“O corpo não é nada mais que uma idéia histórica, isto é, o simples produto da construção cultural da sociedade, o corpo humano é sempre e antes de tudo uma entidade real, uma realidade material, o substrato carnal de cada pessoa.” (Parisoli,2004,p.24)

A luta por um corpo com padrão social é tão desenfreada que esquecemos dos limites e valores que esse corpo possui, sufocando-o com atividades que não se adequam ao nosso perfil corporal. Além disso, negamos o fato do corpo possui movimentos livres e involuntários, impedindo-o de se expressar, causando assim, a sua passividade diante dos momentos de pressão.

BIBLIOGRAFIA
PARISOLI, Maria Michela Marzano. Pensar o corpo. Petrópolis: Editora Vozes, 2004.

2 comentários:

  1. A relação entre crescimento profissional e a preocupação com a aparência física estão interligados para aquelas profissões que exigem esse aspecto belo, porém o descuido com o corpo e o sedentarismo também fazem grande parte desse parâmetro, pois vemos um grande abismo para se conseguir galgar grandes posições em uma empresa e isso também inclui o tempo que é gasto para sentar e pensar em estratégias de crescimento profissional e, consequentemente, financeiro.

    Esse crescimento financeiro pensado através de estratégias passa a ser gasto com as consequências causadas pelo sedentarismo surgido pelo excesso de tempo focado no lado profissional.

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  2. Hoje em dia, ninguém está muito preocupado com o nosso corpo. Por conta do crescimento da sociedade, vem através deste, o crescimento profissional e logo após vem a preocupação com o corpo, mas só a preocupação em relação à estética! Hoje tudo está em volta do corpo perfeito. Mas não deveríamos ser assim!

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